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Homenagem à Nelson Gonçalves Calafate

Conheci pessoalmente Nelson Gonçalves Calafate na noite de 18 de junho de 2008, por ocasião da inauguração do espaço de auditório do CRQV, à Av. Itaqui 45, Porto Alegre.


Estabelecia-se, naquele momento, a indicação dos quatro primeiros membros da Academia Rio-grandense de Química, sendo ele o primeiro agraciado com a comenda.


Poderia haver data mais apropriadamente bem delineada pelo “Universo” para ser-me apresentado este profissional e ser humano, sentando-me à sua mesa e privando se suas histórias e experiências, do que na data de aniversário da Lei Mater dos Químicos, que tanto contribuiu para sua assinatura?


Retornou ao RS em 2009, desta vez com sua amada esposa Bettina Alice, por oportunidade do Congresso Brasileiro de Química; estivemos em um daqueles dias em visita à cidade de Gramado, quando à mesa de almoço de um de seus restaurantes, durante horas detalhou em minúcias todos os passos, procedimentos e tratativas do processo que se iniciou em janeiro de 1954 junto ao Presidente Getúlio Vargas, até a assinatura da Lei 2.800 em 18/06/1956, já no governo do Presidente Juscelino Kubitscheck.


Não bastasse, estive na privilegiada condição de ouvinte e testemunha de tantas e tão grandiosas experiências de exercício profissional na área da Química, seja na indústria, ou em missões oficiais do governo brasileiro em vários países e continentes.


Em todas minhas estadas na cidade do Rio de Janeiro, absolutamente todas, reservei um período para visitá-lo em seu aconchegante apartamento, no endereço do Bairro Lagoa.


E assim, a cada visita, me era apresentada uma nova faceta, uma nova história, um novo feito em suas, como ele mesmo dizia, “danças e andanças”.


Guardo comigo, na memória e no fundo do coração, a “homenagem” que, sem o saber ou avaliar, prestou à minha pessoa e à nossa amizade, na ocasião em que, levando-me ao cômodo do apartamento que reservava para ser seu local de trabalho e biblioteca e de onde, através da janela via-se o Corcovado e a estátua do Cristo Redentor, virando-me para a parede onde se encontravam vários quadros e homenagens recebidas, encontrei cuidadosamente emoldurado um cartão de Natal que lhe dediquei no ano anterior, e onde, com minhas próprias letras escritas, desejei-lhe um Feliz Natal e Felicidades Eternas.


Este foi o meu querido amigo Nelson Gonçalves Calafate!
Então, Felicidades Eternas, Nelson!
Estaremos sempre juntos!

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