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Nossa História.

Em 1920, é criado o Curso  de Química Industrial da Escola de Engenharia de Porto Alegre. Em 1921 foi inaugurado o Laboratório de Química Industrial, que teve em sua primeira turma, Bernardo Geisel, primeiro presidente da ABQ-RS.  Em 1926 foi inaugurado o Instituto de Química Industrial em Porto Alegre,  que contou com a presença do presidente na época, Washington Luís. A criação do Instituto representou um impulso nas pesquisas científicas do início do século no estado, fazendo parte da  história do desenvolvimento industrial no Rio Grande do Sul.  A história da ABQ Regional foi feita pelos mesmos químicos que contribuíram para o crescimento do Instituto de Química.

No dia 5 de outubro de 1937 foi fundada a Associação dos Químicos do Rio Grande do Sul, que buscava atender os interesses da  categoria, que encontrava-se dispersa e sem representatividade até então. Em 1938 um grupo decidiu fundar a Associação Química do Brasil, a AQB, que teve sua regional no Rio Grande do Sul em 1941. Dois anos depois, o então presidente da Associação dos Químicos do Rio Grande do Sul, Álvaro Difini, expôs a necessidade da união de todos os colegas de profissão em uma única entidade, preferencialmente, de âmbito nacional, como era AQB. Assim, o presidente extingue a entidade e doa o patrimônio para a Secção Regional do Rio Grande do Sul da Associação Química do Brasil.

A primeira sede da entidade, situava-se na Rua José Montaury foi substituída em 1938 pelo endereço da Rua dos Andradas, centro da cidade, onde perdurou até o final da década de 40. A criação de uma biblioteca, fiscalização do exercício profissional, criação de projetos de estatuto da entidade, participação na discussão da reforma do ensino de química, entre outros feitos, firmaram o nome da AQB Regional como uma das mais ativas do país nos anos 40. Foi nesta década que aconteceu o primeiro Congresso Brasileiro de Química (CBQ) no Rio Grande do Sul. O evento ocorreu em 1947  na cidade de Porto Alegre e contou com a participação e colaboração do poder público. O Congresso teve um bom número de trabalhos apresentados, o que garantiu seu sucesso.

No ano de 1922, foi fundada a Sociedade Brasileira de Química que existia paralelamente a AQB, duas entidades de âmbito nacional. Em 1951, decidiu-se a fusão das duas. A nova entidade foi denominada Associação Brasileira de Química (ABQ).  A Regional aprovou esta fusão. Foi neste período (1953) o decreto de reconhecimento como entidade de utilidade pública assinado pelo então presidente Getúlio Vargas.  Na década de 50 a ABQ-RS propôs inovar o programa dos Congressos, com mudança nos sistemas de debates. O segundo CBQ ocorrido no Rio Grande do Sul aconteceu em 1956, sua divulgação foi intensa e contou com a distribuição de três mil convites enviados para instituições científicas, órgãos oficiais e empresas do país. Um número grande de trabalhos foi apresentado, garantindo o sucesso de mais um evento.  Em 1957 foram criadas comissões dentro da entidade (social, econômica, cultural, de divulgação, etc.), o trabalho foi fragmentado e o responsável por cada comissão tinha seu trabalho direcionado a um ponto mais específico. Os ganhos foram muitos com essas divisões. Foi nesta década, também, que a entidade comprou sua primeira sede, que também serviu ao  Sindicato dos Químicos e ao Conselho Regional de Química da 5^a região até 1959.

A ABQ sempre esteve atenta ao exercício da profissão e na década de 60, a entidade participou, junto ao Sindicato dos Químicos do movimento, para definir o salário mínimo da categoria. Nesta década foram feitas diversas publicações na imprensa para divulgar de forma mais efetiva as palestras e assuntos de interesse dos profissionais da área. Tornaram-se frequentes artigos publicados em veículos de comunicação da época.  

Em 1971 ocorreu o terceiro CBQ no RS em Porto Alegre, que contou com diversos patrocinadores e uma cobertura publicitária completa, o que despertou o interesse da imprensa pelo evento. Durante o Congresso, foi discutida e levada adiante a discussão sobre a Criação do Polo Petroquímico Gaúcho. No ano seguinte, a Regional contrata seu primeiro funcionário, para funções de secretariado.  Nesta década iniciam-se os cursos periódicos oferecidos pela Regional (Cromatografia Gasosa,Tratamento de Água e Esgoto, Plásticos e sua Transformação, entre outros).  Os cursos periódicos oferecidos pela ABQ-RS  Regional são referência em todo o estado por abordar temas relevantes para profissionais e estudantes e pelo seu respeito e cordialidade com seus inscritos.  A vida moderna trouxe mudanças na forma com que a sociedade se relaciona entre si. Com opções de lazer cada vez mais variadas, os profissionais  de diversas áreas afastaram-se de suas associações. Com a ABQ o mesmo ocorreu, porém, a entidade manteve o relacionamento com seus associados através destes cursos e palestras.

Na década de 90, a  ABQ-RS sugeriu em  parceria com os sindicatos  a criação de um Indicador de Desempenho do setor Químico no RS.  Nesta década, em 1996, é assinado uma cooperação técnica entre a Cientec e a ABQ-RS, que realizou a cerimônia do Dia do Químico neste ano.  No mesmo ano, foi criada a Semana da Química, no mês de junho.  Na década seguinte, ocorreram dois CBQs em Porto Alegre, nos anos de 2001 e 2009. A partir de 2010, a ABQ-RS começa a participar do evento “Química na Praça” em parceria com SINDIQUIMRS, CRQ e Braskem. No ano de 2014, a entidade promoveu o evento “SIQUIF”(1º Seminário Internacional de Química Forense) em Porto Alegre e em 2016, trabalhou em parceria com a UFRGS na realização do 1º Workshop de Drogas Sintéticas na capital.

A ABQ-RS é uma fundação sem fins lucrativos que em seus 80 anos de história vem promovendo a Química no Rio Grande do Sul de forma ética e profissional, estando à frente na defesa dos interesses da categoria.  Foi a primeira entidade do gênero no Estado e uma das primeiras no Brasil, inovou na apresentação de trabalhos em CBQs na década de 50, realizou dois congressos estaduais de química tecnológica, iniciou a discussão da instalação do Pólo Petroquímico gaúcho, entre outros feitos. Cumprindo, assim, seu papel e afirmando sua importância na sociedade gaúcha.

A cada ano, cada vez mais a entidade está imbuída da sua missão. Junto dos associados, parceiros e patrocinadores, estamos trabalhando da melhor maneira para a melhoria da Química junto a comunidade.